História de Judith Butler

Contexto Histórico

A Terceira Onda Feminista aconteceu nos anos 90 e foi marcado pelo conceito de interseccionalidade e transversalismo, que tratam da ideia de que existem múltiplas experiências de ser mulher, a depender da raça, classe social, sexualidade, idade, nacionalidade, religião etc.

A terceira onda, de forma geral, rejeita quaisquer tentativas de identificação de objetivos comuns e padronizados.

É nesse momento histórico que Judith Butler desenvolve sua teoria de gênero enquanto performance.

Judith Butler é uma filósofa pós-estruturalista. Ela defende que o gênero é fluído e não-binário e para ela, a identidade não deve ser pensada no singular, mas, sim, no plural.

 

Gênero enquanto performance

Para ela, gênero é essencialmente uma repetição performativa de atos associados ao homem ou à mulher.

Dada a natureza social do ser humano, a maioria das ações/comportamentos é testemunhada, reproduzida e internalizada e, assim, assume uma qualidade performativa ou teatral, onde cada indivíduo funciona como ator do seu gênero. 

 

Juventude

Ela nasceu em 1956, em uma família russo-judaica de Cleveland, nos EUA. 

Aos 14 anos, como forma de punição pelo seu comportamento em classe, o rabino da escola hebraica onde Butler estudava a colocou em uma disciplina de ética. Podemos dizer que foi assim que a autora iniciou seus estudos filosóficos.

 

Ativismo

Seu ativismo se centrava mais nas questões feministas e LGBTQIA+, mas ela já falou publicamente sobre outros temas:

  1. Ela é contra a política de Israel para a Palestina. E mesmo tendo ascendência judaica, Butler já se posicionou diversas vezes contra a política israelense na Palestina e afirma que Israel não representa todos os judeus.
  2. Se negou a receber o prêmio “Civil Courage Award” da parada LGBTQIA+ de Berlim, por conta de comentários racistas dos organizadores da parada.

 

Visibilidade Queer

Com a obra de Butler, o termo QUEER ganhou visibilidade acadêmica.

Ela é uma das pensadoras da Teoria Queer. Para a teoria, ninguém nasce “homem” ou “mulher”, mas aprende a desempenhar esses papéis. Ou seja, a teoria sustenta que os gêneros são socialmente construídos.

 

Livro: Quem tem medo de gênero?

Neste seu primeiro livro não acadêmico, Judith Butler analisa como o “gênero” se tornou central em discursos conservadores e reacionários, um fantasma com o objetivo de criar pânico moral e angariar apoio popular a projetos políticos fascistas, autoritários e excludentes.

 

Tem uma Quarta Onda Feminista?

Já se fala em uma Quarta Onda do Feminismo, caracterizada principalmente pelo uso massivo das redes sociais para organização, conscientização e propagação dos ideais feministas. 

Assim, encerramos o tema deste mês As Ondas Feministas. Gostaram? 

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