Ela foi uma das poucas mulheres que governou o Antigo Egito. E apesar de ser uma das mulheres mais conhecidas da História, há pouco que se possa afirmar, com certezas.
Ela tinha 18 anos quando o pai morreu e viu-se diante de intrigas com os irmãos sobre a sucessão. Se tornou co-regente com o irmão Ptolomeu XIII, casando-se com ele.
Porém, a disputa conduziu a uma guerra civil. Foi nesse momento que Cleópatra se refugia na Síria e pede ajuda a Júlio César. Imaginem como não terá sido esse encontro histórico!
Ali eles iniciaram uma relação romântica e César recupera o trono para Cleópatra. Eles têm um filho, a quem chamam de Cesarão.
Quando César é assassinado pelos seus oponentes do Senado, ela tenta fazer o filho ser reconhecido como legítimo herdeiro do poder romano, mas sua esperança não se concretiza.
Mais tarde, sua vida tem uma nova virada. O general Marco Antonio, que subiu ao poder de Roma, exige uma reunião com Cleópatra para manter a aliança entre Roma e o Egito.
A historiadora de arte, Diana E. E. Kleiner afirma que “Cleópatra partia nas suas excursões marítimas com um guarda-roupa cuidadosamente escolhido, associações divinas, tecidos e jóias caras, música e essências exóticas”.
Assim, ela teria chegado em Tarso em grande estilo, iniciando quase imediatamente um tórrido romance com Antônio.
No entanto, o romance dos dois resultou na queda de ambos. O povo de Roma e os outros co-dirigentes se ressentiam por aquilo que consideravam uma influência egípcia nos assuntos de Roma.
Percebendo que as tropas seriam derrotadas, Cleópatra diz a Antônio que pretende suicidar-se. Conta-se que ele reage apunhalando-se e morre nos braços dela. Ela dá fim à própria vida pouco depois.
A História, em geral, reproduz a narrativa da mulher sedutora, especialmente quando fala das mulheres que exerceram grande poder nas decisões dos homens. Esse estigma, no entanto, limita a personalidade de Cleópatra.
Ela, apesar de valer-se do fato de ser mulher para obter vantagens, muito mais do que sedutora, precisou ser uma mulher persuasiva e de grande inteligência política para assim conduzir os homens mais poderosos de sua época aos seus anseios.
Vale saber que, em eventos cerimoniais, Cleópatra aparecia vestida como a deusa Ísis, pois era comum os governantes egípcios se identificarem com alguma divindade e serem considerados eles próprios deuses na Terra.
Podemos dizer que ela assumiu seu lado divino com muita verdade. E essa crença interior refletiu em toda a sua trajetória de vida.